Assim foi 2015


Parece que foi assim de repente, num abrir e fechar de olhos que chegamos ao fim de 2015. E é, portanto altura de fazer balanços.
Todos, os finais de ano, sento-me a refletir sobre o ano que passou. O que concretizei, o que ficou por fazer, o que alcancei, das coisas que me despojei… As conquistas, os desastres, as felicidades e as infelicidades. As mágoas e as alegrias.
Pego na minha lista dos 12 “desejos” que escrevo para o ano, e vejo o que consegui ou não atingir. Risco o que foi concretizado e volto a desejar o que não consegui, escrevendo-o novamente na lista de desejos para o ano que começa. Analiso, penso, e em alguns casos pergunto se vale a pena, o que devo alterar, o que devo permitir-me desejar. 
Este ano trouxe-me o melhor e também o menos bom. Foi no último dia do primeiro mês do ano que a avó partiu. Acho que já estava cansada da situação em que estava. Cansada de viver assim, numa vida que às vezes já nem é vida, apesar dos nossos mimos constantes. Partiu porque tinha chegado a hora dela, mas deixou-nos um vazio enorme. Quem a conheceu sabia que não havia ninguém mais bondoso do que ela. E a minha querida e doce avó vai-me sempre fazer muita falta - mas eu sei que ela estará sempre comigo. Acho que 2015 começou por me trazer a perda mais dolorosa até hoje!
Mas quase ao mesmo tempo das coisas muito tristes, a maior felicidade veio também. Aperceber-me que vinha um novo bebé a caminho foi a descoberta mais maravilhosa de sempre - que só tive pena de não ter tido oportunidade de partilhar com a avó! Depois de anos de luta contra a infertilidade e da dificuldade em conceber o Zé Maria, descobrir que estava grávida do António, assim quase sem contar, foi o melhor do meu 2015.
Depois destes dois grandes acontecimentos que marcaram o meu ano, tudo o mais foi de menor importância e o ano passou a correr.
Uma nova casa, obras durante 4 meses. A mudança já nas 30 semanas de gestação. Depois disto as férias, e no regresso o segundo aniversário do meu rapazinho Zé Maria e menos de uma semana depois o nascimento do António.
Do final de Setembro ao Natal, foi um pulinho. Pelo meio fiz 37 anos. E hoje, chega ao fim 2015. E assim se resume mais um ano.
Na cozinha, foi um ano cheio de aventuras: experimentar novos alimentos e novas receitas. Continuar a diversificação alimentar do Zé Maria evitando açúcar e alimentos demasiado processados. Aprender coisas novas. Tentar melhorar as minhas fotos.
Pelo meio ainda preparei um novo livro de culinária que deverá sair durante o mês de Março. E que aventura isto foi! Preparar um livro tendo 2 bebés em casa não é tarefa para todos, e houve alguns dias de verdadeiro desespero, principalmente naqueles em que foi preciso cozinhar e testar cada uma das muitas receitas que o compõem.
Talvez por tudo isto o meu 2015 tenha passado tão depressa. Os anos passam depressa quando estamos empenhados em viver a vida, ocupados com o que nos faz feliz, a querer aproveitar cada bocadinho daquilo que a vida nos dá. Pelo menos eu penso assim.
Talvez por isso deixe quase sem registo as coisas que me aborrecem. Os anos têm-me ensinado a deixar de dar valor a quem não merece, e ao que não merece. A quem diz mal (impossível agradar a todos), a quem finge ignorar (mas que sabe tudo o que se passa)e a quem não dá valor e finge não conhecer (porque acham que são melhores - e provavelmente até são!)

Meus queridos leitores: desejo-vos o melhor do mundo, e um ano de 2016 cheio de esperança, alegria, saúde e felicidade.
E agradeço-vos, do fundo do coração, todas as visitas, comentários, palavras, likes, incentivos e mails durante este 2015. Espero poder continuar a ser merecedora das vossas visitas, e a conseguir de alguma forma inspirar-vos a cozinhar e a darem o melhor de vocês - de barriga no fogão e à volta da mesa - aos vossos, àqueles que amam.

Que tenham um Feliz 2016! Boas entradas a todos!

Maionese de Alho e Azeite


Não sei como é em vossas casas, mas por aqui não se dá demasiada importância à passagem de ano. Normalmente aproveitamos o feriado e saímos com alguns amigos. Ficamos em casas de turismo rural e usamos a desculpa do último jantar do ano para preparar e saborear diversas iguarias. Já fizemos a passagem de ano em locais tão diferentes do nosso país, desde Amarante, Alfandega da Fé, à Serra da Estrela, Sintra, e o ano passado na Serra da Lousã. Este ano, à semelhança do ano em que nasceu o Zé Maria optamos por ficar por casa. Na nossa casa. Algo que já não acontecia desde 2006/2007, o ano em que casamos.
Vai ser uma coisa simples com alguns dos amigos de sempre, uma mesa composta e, espera-se, muita diversão!
Não sei como costumam ser as vossas tradições de fim de ano, mas aqui por casa há algo que nunca falha: camarão. Tem de haver camarão na mesa de fim de ano. Grelhado com bacon, no forno com um belo molho para molhar o pão, na frigideira com alho ou simplesmente cozido, ele está sempre na nossa mesa na última noite do ano.
Este ano, e após muito pedidos dos restantes comensais, a ementa, além do habitual camarão, vai ter algumas sobremesas clássicas, mas dos quais os meus amigos andam a sentir a falta: as minhas natas do céu e a minha baba de camelo não vão faltar na mesa!
E assim, com uns a trazerem umas coisas, e outros outras, é que se vai fazer a festa. Simples e descomplicada. Sem trajes de cerimónia, sem ementas a preceito, sem saltos altos - cá para mim acho que vou mesmo ficar de pantufas!
E como sugestão de hoje, deixo-vos algo muito simples, mas da qual me têm pedido a receita vezes sem conta: uma receita de maionese de alho com azeite, leve e muito saborosa. Convém que usem um azeite de muito boa qualidade para uma maionese de boa qualidade - neste caso usei o azeite Casa Anadia Private Collection (www.casaanadia.pt), um azeite virgem extra. E digo-vos que depois de fazerem a vossa própria maionese, nunca mais nenhuma maionese de compra vos sabe ao mesmo. Por aqui é raro comprar maionese - só precisam de ter atenção se haverá pessoas alérgicas ao ovo cru ou que não o possam comer por alguma circunstância, como as grávidas.
De resto, não há nada melhor para acompanhar um delicioso camarão cozido, do que esta saborosa maionese!
Experimentem e depois contem-me tudo!



Ingredientes:

1 ovo (de preferência caseiro ou biológico)
1 colher de sopa de sumo de limão
1 colher de chá de mostarda
sal e pimenta q.b.
1 dente de alho grande
60ml de azeite virgem extra - usei Casa Anadia Private Collection
60ml de óleo de girassol

Preparação:

No copo da varinha mágica coloque o ovo inteiro, o sumo de limão, a mostarda e o dente de alho ralado ou bem esmagado numa papa. Tempere com um pouco de sal e pimenta e junte metade do óleo de girassol. Ligue a varinha mágica e, fazendo movimentos para cima e para baixo, vá batendo o a mistura até que esta fique homogénea. Acrescente depois o restante óleo e o azeite, sempre em fio, e sem deixar de bater a maionese com a varinha mágica e até ficar com uma mistura grossa, com a consistência da maionese.
Prove para retificar os temperos e coloque numa taça.
Guarde no frigorífico até servir. (Aguenta dois ou três dias no frigorífico até ser consumida! E é excelente com camarão cozido!)


Bom Apetite!

Frango com Pimento, Cogumelos e Amêndoas


Entramos na época “culinariamente” complicada do ano. Enfartados do natal e à espera da última refeição de 2015 e da primeira de 2016. Este “entre festas” deixa-me sempre sem saber o que cozinhar. 
Devia ser como aquelas pessoas que logo no dia 25 vão correr para abater as rabanadas e as filhós da ceia de natal… mas aqui em casa a mesa continuou posta durante o fim de semana. E nem a caminhada de 5km do S. Silvestre me faz ainda pensar em contenção alimentar - ou detox ou dietas ou qualquer outra palavra que não seja os ainda excessos, os ainda doces de natal, o ainda é tempo de festa….
Já se comeu o bacalhau, e cabrito e peru. Canja de frango caseiro e,  porque os estômagos já não aguentavam muito mais, um delicioso creme de legumes que foi o nosso jantar nos dias “pós natal”.
Mas entretanto entra uma nova semana. O Miguel está de férias em casa e nós estamos os 4 por aqui, a ler as novas histórias e a brincar com os brinquedos novos. E sim, é preciso fazer almoço e jantar todos os dias.
Começamos com um jantar de inspiração chinesa, apenas para nos esquecermos um pouco das festas, para nos começarmos a ambientar à rotina que recomeçará depois das festas - ainda que, logo depois do jantar ainda nos apeteça a última rabanada ou um pedacinho do pudim de azeite e mel que está quase a acabar, mas ainda anda ali para nos tentar…

Ingredientes para 2 pessoas:

2 peitos de frango grandes ou equivalente em peito de peru
6 cogumelos brancos
1 pimento pequeno verde ou vermelho
1 dente de alho
1 colher de chá de gengibre fresco ralado
sal e pimenta q.b.
1 colher de sopa de óleo de girassol
3 colheres de sopa de molho teriaki
50g de amêndoas sem pele
50ml de água
1 colher de café de maisena (amido de milho)
1 ceboleta (spring onion) opcional
arroz basmati para servir

Preparação:

Leve uma frigideira ou wok ao lume e deixe aquecer bem. Sem adicionar gordura torre as amêndoas até que fiquem douradas e começem a libertar os seus aromas. Retire e reserve.
Entretanto corte a carne de frango em pequenos pedaços. Pique finamente o dente de alho, corte o pimento em tirinhas e os cogumelos em lâminas.
Sem lavar o wok ou frigideira onde torrou as amêndoas, acrescente o óleo vegetal e deixe aquecer bem. Junte a carne e deixe alourar um pouco. Acrescente depois o alho e o gengibre e deixe saltear. Acrescente depois os cogumelos e o pimento misture bem e tempere com um pouco de sal e pimenta. Deixe saltear uns minutos. Numa tacanha desfaça a maisena com a água e junte-a à carne e legumes, assim como o molho teriaki, misture bem e deixe começar a fervilhar e o molho engrossar um pouco.
Retifique de sal e acrescente as amêndoas. envolva bem.
Sirva o salteado de frango, legumes e amêndoas sobre o arroz basmati e polvilhe com a ceboleta finamente picada.


Bom Apetite! 

Natal 2015


E foi Natal! Com mais ou menos coisas afinal tudo se conseguiu compor para que o natal fosse como eu gosto que seja. Os cabazes ficaram todos prontos a tempo. Ainda consegui escrever e enviar cada um dos nossos quase 40 postais de boas festas.
Fiz as filhós da Avó, e as rabanadas e ainda tive oportunidade de experimentar uma receita nova.
No dia 24 juntamos-nos todos em casa dos meus sogros. Nós, os poucos do nosso lado, e a família enorme que ganhei com o casamento. Tios e primos do Miguel, e mesmo não estando todos éramos 25 à mesa. Muitas conversas - e muita conversa cruzada - mesa cheia, bacalhau e couves, sobremesas e entradas. E vinho.
Risos. A missa do galo. Presentes originais como a raspadinha de natal do tio Zé Carlos. O fato de pai natal que acabou por não ser usado, porque afinal era um tamanho de criança e não servia a nenhum dos adultos presentes. A excitação dos mais pequenos a abrir os presentes. O peru que comemos depois de abrir os presentes, já passava das 2h30 da manhã. O meu pé torcido por causa dos mil brinquedos espalhados, e a carteira do Miguel que ficou esquecida no banco da igreja e que o obrigou a estar à porta da mesma às 9h da manhã para a ir recuperar…
No dia 25 o natal foi cá em casa. Presentes do Pai Natal e Menino Jesus abertos pelo Zé Maria ainda em pijama e numa excitação plena. Um Zé Maria a acabar de comer um pedaço de bolo rei. O bolo rei que tínhamos deixado para o Pai natal….
Cabrito, batatinhas louras e arroz de forno com os miúdos. Grelos e canja. Mais sobremesas e queijo da Serra. Os pais, a mana, os sogros, o avô e os meninos. Todos a fazer mais um pouco de natal.
Mais presentes abertos ao longo da tarde e à volta da lareira. Presentes especiais para todos, mas mais importantes estarmos presentes. O meu presente que só dei conta dele ao fim do dia.
Louça suja, ciscos no chão, miúdos a dormir e resto da tarde a descansar no sofá. Canja e chá para o “jantar”. Harry Potter na televisão, mas do qual não vi mais de 5 minutos.
Natal que se prolongou pelo fim de semana. Sem vontade de cozinhar.Com amigos a chegar e a distribuir boas festas e mimos e conversa. Com um jantar pós natal depois de mais uma S. Silvestre. 
E foi natal. Natal com a família e os amigos. Natal com os meus dois lindos meninos Jesus. Natal feliz.
Espero que o vosso natal tenha sido tão pleno e cheio como o nosso.


Boas Festas!

Pudim de Azeite e Mel e um Santo e Feliz Natal

Cake topper da in love (www.inlove.pt)

Ainda não sabem que sobremesa fazer para levarem para casa da família para a ceia de natal?
Deixo-vos uma simples e deliciosa sugestão que se prepara quase sozinha, mas que tem tudo aquilo que é preciso uma sobremesa de natal ter!
Mas principalmente deixo-vos as Boas Festas! Que este natal seja mágico, pleno de risos, felicidade, amor, saúde e paz.
Que se reunam em família, grande ou pequena. Que partilhem a mesa, e as vossas tradições. Que as vossas casas cheirem a fritos, açúcar e canela. Que haja alegria, risos e beijos ternos. E que sintam que o natal é magico e que tudo pode acontecer. 
Por aqui vamos ser muitos à mesa da ceia de natal, entre famílias misturadas de um lado e de outro, tios, sobrinhos, avós e netos, compadres e cunhados. Vai haver bacalhau e peru e mais um sem número de iguarias porque é tradição.Vai haver riso de crianças, e certamente amuos e lágrimas. Vai haver missa do galo e tenho a certeza de que vamos todos ouvir os guizos das renas do pai natal…
Umas boas festas para todos. Um Santo e Feliz Natal!


Ingredientes:
(Receita do chef Vitor Sobral)

8 ovos
500g  de açúcar (usei açúcar amarelo)
1 c. (sopa) de raspa de laranja
1 c. (sopa) de raspa de limão
100 g de mel
50ml de azeite virgem extra 
frutos vermelhos q.b. (para decorar)

Preparação: 

Numa taça coloque os ovos e o açúcar e misture muito bem até que o açúcar se desfaça por completo. Junte as raspas de laranja e limão, o mel e o azeite e misture novamente até todos os ingredientes ficarem bem ligados.
coloque depois numa forma previamente untada com manteiga e polvilhada com farinha e leve ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 45 a 50 minutos. Retire do forno e deixe arrefecer completamente dentro da forma antes de desenformar.
Decore depois a gosto com frutos vermelhos.


Boas Festas! Bom Apetite!

Bolachinhas de Arandos e Canela para presentes de última hora


A dois dias do natal os cabazes estão finalmente prontos. Foram dois dias de volta do forno, num entra e sai de bolachas e biscoitos, com muitas fitas, saquinhos e decorações à mistura, mas acho que, apesar de menos recheados e menos originais na embalagem - que este ano foi um simples saco de papel - os miminhos comestíveis para os amigos e família também ficaram mimosos.
No final o que conta é que estejam saborosos, e que agradem a quem os recebe. Porque foram preparados com o mesmo amor e carinho de sempre.
Hoje é dia de começar com a preparação da outra parte do natal. Das receitas que vão compor a mesa de natal seja em casa dos meus sogros, onde vamos passar a noite, seja cá em casa, onde nos voltamos a aventurar no almoço de natal. Ainda há muito para fazer!
Para quem ainda não acabou os presentes caseiros comestíveis, acreditem que ainda vão a tempo! Para vos ajudar, deixo aqui umas bolachas festivas, rápidas de preparar e com poucos ingredientes (e sem ovos!) de arandos secos com canela. Se não têm arnados substituam por passas ou qualquer outro fruto a gosto.
O natal está mesmo aí!

Ingredientes para cerca de 20 bolachas:

180g de manteiga à temperatura ambiente
290g de farinha
120g de açúcar
50g de arandos secos
1 colher de sobremesa de canela em pó

Preparação:

Numa taça amasse muito bem a manteiga com o açúcar - se preferir poderá usar a batedeira ou o robot de cozinha. Acrescente depois a farinha, a canela e os arandos picados e amasse muito bem até obter uma massa homogénea e uniforme que se despega das paredes da taça. 
Forme um rolo com a massa, todo com a mesma espessura e envolva bem a massa em película aderente, apertando bem.
Leve o rolo ao frigorífico e deixe pelo menos durante uma hora.
Ao fim desse tempo retire do frigorífico, retire a película aderente e corte fatias com cerca de 0,5cm de espessura.
Coloque as bolachas num tabuleiro forrado com papel vegetal e leve ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 15/20 minutos ou até as bolachas começarem a ficar douradas nas bordas.
Retire e deixe arrefecer completamente antes de desenformar e acondicionar.


Bom Apetite! Boas Festas!

Filhós da Avó Cila (Filhós da Beira Alta)


De todas as receitas natalícias esta é a que me trás mais e melhores memórias. 
A minha avó Cila e o meu avô António a amassá-las juntos na cozinha. O meu avô a segurar o alguidar e a minha avó, com massa até ao cotovelo a amassar. A bater na massa uma e outra vez.
Na cozinha o cheiro a fritos. O tacho já velho e meio amarelo por fora, de anos e anos de frituras, onde uma de cada vez, as filhós eram fritas. A minha avó, de mão engordurada em azeite - que tinha numa tacinha junto ao fogão - a tender a filhó muito fininha, transparente quase a romper e colocá-la no óleo quente. E o meu avô ao seu lado com um garfo grande a virar carinhosamente cada filhó até ficar bem dourada e a deixá-la escorrer bem. Era quase como observar um bailado. Tudo muito bem orquestrado, numa ordem já com muitos anos.
Depois as filhós muito bem postas em carreiros perfeitos sobre um tabuleiro e muito bem polvilhadas - ainda quentes - com açúcar e canela. Tarefa que executei durante muitos anos, antes de aprender a tender e fritar cada uma daquelas filhós, sob o olhar atento do meu avó, o “especialista”, que ia fazendo olhares de aprovação e exclamações de “ela tem jeito!”.
A tarefa era demorada. Fora o tempo de levedar e amassar, a parte de fritar era tarefa para algumas horas - a tarde toda até, que se executava durante a tarde do dia 24. Algumas filhós eram ainda comidas quentes, uma grande travessa estava na mesa da Ceia de Natal, mas o que me intrigava sempre em criança era o facto de se guardarem as ditas num grande panelão que se tapava muito bem com a respetiva tampa. Tudo aquilo que parecia mágico. Quase tão mágico como a chegada do Pai Natal e os presentes deixados no sapatinho.
Eu gosto das filhós acabadas de fazer. E também no dia seguinte. Ou passados vários dias quando já começam a ficar secas. São o meu pequeno almoço do dia de natal, com uma chávena de leite com café. Gosto de comer primeiro as bordas mais massudas e sem açúcar e de deixar a parte fina e estaladiça e com açúcar e canela para o fim. 
À medida que os anos foram passando a avó deixou de conseguir amassar as filhós. Fomos tendo alguma ajuda para essa tarefa, mas a parte de tender e amassar continuou o mesmo bailado de sempre. A avó a tender e o avô a fritar, escorrer, fazer as carreirinhas e a polvilhar com o açúcar e canela.
O ano passado a avó já não pode. A avó já muito debilitada já nem passou o natal connosco. Mas a tradição das filhós não podia acabar. Já não haveria o mesmo “bailado” entre o avô e a avó. Acho que no fundo sabia que isso nunca mais aconteceria…
Peguei no meu papelinho com a receita e recriei as minhas memórias. Amassei, deixei levedar com muito carinho e tendi cada uma daquelas filhós, uma por uma, com a mão engordurada de azeite que ia mergulhando na tacinha, como a minha avó fazia.
E perpetuei o bailado. Ao meu lado o Miguel virou cada uma daquelas filhós até ficarem douradinhas. Escorreu-as. Fez carreirinhas e polvilhou-as com açúcar e canela. E no fim havia uma travessa cheia que foi colocada na mesa para a ceia de natal.
Não há natal sem as filhós da avó. Sem o cheiro a fritos e a açúcar e canela. E sem as memórias que só a comida nos pode trazer.
Porque há receitas que aquecem a alma. Que nos alimentam o espírito e nos fazem acreditar que há muito mais na comida do que só ingredientes e preparação.
Estas filhós são também o meu natal. São a minha avó Cila à mesa connosco. São as recordações boas e felizes que teremos para sempre. 

Ingredientes:

500g de farinha
3 ovos (à temperatura ambiente)
100g de abóbora cozida em puré (e muito bem escorrida)
1/2 cálice de aguardente
20g de fermento de padeiro (ou 5g de levedura seca Fermipan)
50ml de azeite
1 laranja pequena (sumo)

acúcar amarelo e canela para polvilhar

Preparação:

Numa taça grande coloque os ovos, o azeite e o fermento de padeiro desfeito num pouco de água morna(se a água estiver muito quente ou muito fria as filhós não levedam). Misture tudo muito bem e acrescente depois, cerca de metade da farinha. Amasse bem e junte agora a aguardente, o puré de abóbora e o sumo de laranja. 
Aos poucos vá juntando a restante farinha, amassando bem até obter uma massa semelhante a uma massa de pão. Amasse bem durante alguns minutos - a massa tem de ser bem batido e sovada - e tape depois com um pano deixando repousar num local longe das correntes de ar. (Por vezes, se estiver muito frio ou se estiverem a preparar a massa num local muito frio, ajuda envolverem a taça onde a massa está a levedar num cobertor!)
Ao fim de cerca de 3 horas a massa deve estar bem leveda e pronta a fritar.
Numa taça coloque um pouco de azeite para ir molhando as mãos ao tender a massa, e leve um tacho ou fritadeira ao lume com óleo vegetal e deixe aquecer. (Precisa de ajuda para esta parte. Enquanto uma pessoa tende as filhós, outra terá de as ir virando.)
Molhe as mãos no azeite e retire uma bolinha de massa - que deve ter o tamanho de uma bola de ping-pong ou uma ameixa pequena.
Com as mãos engorduradas tenda a massa de modo a que esta vá ficando muito fina ao centro, quase transparente, mas sem romper, e com umas bordas mais gorduchas. Coloque depois a filhó tendida no óleo quente e deixe fritar de um lado até ficar dourada, e vire depois deixando fritar do outro lado. Retire, deixe escorrer um pouco e polvilhe com um pouco de açúcar amarelo e canela enquanto ainda estão quentes. (Segundo o meu avô as filhós perfeitas são muito finas ao centro mas sem estarem com buracos, são muito redondilhas e perfeitas e têm o rebordo mais cheio!)
Repita até esgotar a massa.
Para se conservarem mais tempo sem secar, guarde-as dentro de um saco bem fechado ou, como fazia a minha avó, dentro de uma panela fechada.


Bom Apetite! Bom Natal!

Granola de Chocolate e Canela


Faltam 4 dias para o Natal! E finalmente os pequenos cabazes deste ano estão em andamento e começo a sentir que vou conseguir acabar.
Foi um fim de semana dedicado a estes mimos culinários, a embrulhar presentes e  definir a ementa e as receitas para este natal.
Ainda houve tempo para brincar com os meus pequenos rapazinhos, tomar café com a família e fazer umas compras - porque no meio de tanta receita, há sempre alguma coisa que falta!
Este ano os mimos escolhidos para os cabazes têm bolachas de chocolate e manteiga de amendoim, a compota de abóbora e especiarias que já partilhei aqui, bem como os torcidos de azeite que fazem um grande sucesso por quem os prova.
Ainda fiz uma outra compota com a abóbora que a querida Áurea me ofereceu, esta com canela e laranja, e que também fará parte de alguns cabazes. Preparei uns suspiros de natal - nas cores de verde e vermelho - e uma aromática granola de canela e chocolate cuja receita aqui partilho hoje.
Ainda não está tudo, mas aos poucos tudo se começa a compor. 




Ingredientes:

500g de flocos de aveia
50g de coco ralado
100g de sementes de sésamo
2 colheres de sobremesa de canela em pó + 1 colher de sopa
125g de açúcar amarelo ou mascavado
125ml de óleo vegetal
250ml de água
200g de chocolate com 70% cacau

Preparação:

Numa taça grande misture os flocos de aveia com o coco, as sementes de sésamo, o açúcar e as duas colheres de sobremesa de canela em pó. Misture bem.
Noutra taça misture o óleo vegetal com a água e verta depois esta mistura sobre os flocos de aveia. Misture bem.
Coloque depois a mistura bem espalhada no tabuleiro do forno e leve ao forno previamente aquecido a 180ºc até que a misture fique dourada, cerca de 35 minutos. Vá mexendo a mistura durante a cozedura e tenha cuidado para que não queime.
Retire do forno e deixe arrefecer. Enquanto arrefece a mistura ficará crocante, portanto não se preocupe se parecer “mole” quando tirar do forno.
Entretanto corte o chocolate em lascas finas ou pequenos pedaços.
Assim que a mistura de aveia estiver completamente fria acrescente o chocolate em lascas e a restante canela. Misture bem e guarde numa caixa, frasco, ou num saco bem fechado.
(Se for para oferecer, coloque num frasco ou saquinho, feche bem e decore a gosto!)
Sirva a mistura com iogurte e frutos vermelhos, como um lanche, pequeno almoço ou snack a meio da manhã.

Bom Apetite!



Sonhos de Abóbora com Calda de Tangerina


Antes de mais quero agradecer a todos quantos me felicitaram por mais um aniversário. É sempre bom fazer mais um ano rodeada por aqueles que amamos e que nos amam. Muito obrigada pelo vosso carinho e pelas vossas palavras. E que venham mesmo mais uns quantos anos.
Entretanto faltam só 6 dias para o Natal.
Depois do meu aniversário começa a correria para acabar os cabazes. Este ano é diferente. Vou apenas agora começar a fazê-los e já fui avisando de que os cabazes este ano não são recuados e compostos como nos anos anteriores. E, ao contrário do que é normal, este ano, no meu aniversário, ninguém saiu aqui de casa com uma caixinha ou certinha cheia de coisas boas. Mas tenho uma semana para fazer algo com carinho e amor e oferecer aos meus amigos e família, e tenho a certeza de que, seja o que for, todos vão gostar.
O natal está já em todo o lado. Falta-me o frio de que tanto gosto, faltam-me as manhã e as noites em que saímos à rua e fazemos “fuminho” quando falamos, e tenho pena de este ir ser um natal sem frio. Para mim é um bocado como estar de férias em Agosto e chover, ou ter de vestir um casaco para sair à noite.
Quanto a isto não há nada a fazer, senão “refilar” com o S. Pedro que tem o “barómetro” trocado…
Natal sem frio, pelo menos para já, mas com muito calor humano, que é aquilo que deve realmente fazer parte do Natal.
Pessoas: família e amigos. Lareira acesa. Celebrar o nascimento do menino Jesus. Paz, amor, harmonia, saúde e felicidade -palavras que não devem ser ditas à toa, as que são as palavras desta altura do ano. Devem, mais do que ser ditas, vividas e sentidas.
Natal é mesa farta. São fritos, cheiro a canela e açúcar, cheiro a fumo das lareiras..
Natal são sonhos. Os sonhos da minha avó que já cá não está neste Natal. Mas os sonhos dela, estarão como sempre à nossa mesa, tal como a memória dela que está sempre connosco.
Hoje no blogue há sonhos. Com abóbora e uma calda de tangerina. Só para ser diferente.


Ingredientes: 

150ml de água 
100g de farinha
1 casca de limão
sal q.b.
50g de manteiga
2 ovos
100g de abóbora assada e reduzida em puré

Calda de tangerina:
2 tangerinas
150g de açúcar
300ml de água
1 pau de canela

Preparação:

Põe-se a água a ferver com a casca de limão e a manteiga. Depois de ferver retira-se do lume e junta-se a farinha de uma só vez, mexe-se bem e vai novamente ao lume para cozer a farinha, mexendo sempre, até a massa descolar do tacho
Amassa-se bem esta massa, põe-se numa tigela (ou na batedeira que é muito mais fácil!) e junta-se o puré de abóbora e os ovos, um a um, amassando sempre até ficar com uma massa grossa e brilhante.
Frita-se depois esta massa às colheradas, virando e espetando os sonhos para que cozam uniformemente, inchem e fiquem bem douradinhos. Escorrem-se bem em papel absorvente.
Para a calda de tangerina, coloca-se a água, o açúcar, o pau de canela a casca e sumo das  tangerinas num tacho e deixa-se ferver até ficar uma calda xaroposa.
Regam-se depois os sonhos com esta calda antes de servir.


bom Apetite!

E já são 37! Venham mais uns quantos!

Fotografia de Ana Pastoria (www.anapastoria.com)

Há já dois ou três dias que o Zé Maria me canta os parabéns. Desde que o pai lhe disse que a mãe ia fazer anos. Canta os parabéns, bate palmas e pede-nos para acender uma vela para ele apagar. Faz a festa toda, porque porque para ele os aniversários são, para já, uma excitação.
E eu chego aos 37. Dou comigo a pensar se estou ou não a ficar “velha”. Lembro-me de ter 15 ou 16 anos e de olhar para os 37 como uma idade de “velhos”, como deve ser normal qualquer adolescente pensar. De achar que aos 37 já não há nada para ambicionar, metas para alcançar, vontades e desejos para concretizar. Aquele pensamento parvo de que casamos, temos filhos e já está! 
Agora com 37 tenho a certeza de que esta idade é melhor do que os 17. Ou os 27 até. Tenho tantas coisas por que dar graças. Tantas metas atingidas, tantas coisas boas para agradecer: dois filhos lindos, uma família que adoro, um hobby que é um trabalho que é um hobby.… E mais importante ainda: tenho 37 anos e ainda sinto que tenho muita vida para viver. Muitas coisas para fazer, muitas metas a atingir e quero fazer coisas, ver coisas, sentir coisas. Que a vida assim me permita.
Os 37 não em fazem nada “velha”. Esta coisa cronológica da idade é um disparate. Tenho dias em que tenho 2 anos como o Zé Maria e rebolo com ele no tapete da sala. Outros em que tenho 16 e estou no “corte e costura” com as amigas. Há dias em que pareço ter 5 ou 6 e, provavelmente terei outros em que me comporto como uma “velha” de 80 anos.
Na verdade sinto-me com muito menos idade do que tenho. Ou melhor. Não me sinto como imaginei (aos 16 anos) que me sentiria quando tivesse 37. Porque aos 37 não me maquilho todos os dias, nem tenho só conversas de senhoras. Aos 37 uso sapatilhas, e calças de ganga e pijamas com bonecos como usam também as miúdas de 16. Aos 37 anos ainda tenho conversas parvas, digo palavrões quando calha, tenho dias em que não me apetece fazer nada e ainda suspiro pelo Vitor Baía de cada vez que aparece na televisão.
E aos 37 continuo com o Miguel ao meu lado, tal como quando tinha 18 anos…
Os 37 são uma boa idade. Sei mais coisas. Sou menos ingénua. Caí e levantei-me muitas vezes. Ganhei uma carapaça e uma determinação que só a idade pode trazer. Perdi pessoas. Chorei por elas. Sou mais objetivo e não perco o meu tempo com quem não merece - e com o que não merece.
Aos 37 continuo a aprender, e a ser feliz com as coisas que a vida me dá. A ambicionar e desejar outras coisas, mas a sentir-me feliz com tudo o que me rodeia. (Quase) Todos os dias  Sou, portanto, uma optimista!
E aos 37, posso já cá não ter a minha doce e linda avó Cila, mas ganhei um amor chamado António, porque a vida é mesmo assim.

Benvindos 37. E que venham mais uns poucos de anos, porque os anos são para ser vividos!

Pizza de Natal (com Courgete e Requeijão) e os produtos KASA


Já vos tinha falado em tempos do catálogo KASA, cheio de coisas lindas para a casa. O que ainda não vos tinha dito é que, a Kasa convidou algumas bloggers para apadrinharem algumas áreas. Claro que a minha área tinha de ser a cozinha! Fácil. Difícil foi mesmo escolher os meus produtos favoritos de entre tanta coisa gira, prática e indispensável a qualquer cozinha. E esses produtos, que eu escolhi como os meus favoritos vão estar destacados nas lojas como as minhas escolhas. Uma grande responsabilidade.
Mas eu sou uma pessoa simples e prática e é isso mesmo que revelam as minhas escolhas. Principalmente agora, que o natal está mesmo à porta, a minha cozinha não pára. Seja na preparação da ementa de natal, nos cabazes, e também no meu aniversário que está mesmo aí. Isto para não falar nos inúmeros jantares, almoços e lanches de natal que vamos fazendo aqui por casa. É verdade. Esta cozinha não tem descanso com tantas solicitações.
E os produtos que escolhi são perfeitos para me ajudarem nestas andanças. Costumamos sempre fazer vários jantares de natal, mas invariavelmente há um de pizzas, em que cada um faz a sua pizza favorita, e depois vamos a votações para escolher a favorita de todos! Podem pensar que tem pouco de natal, mas é já um clássico aqui em casa. Talvez por isso, um dos meus produtos favoritos, sejam mesmo as bases para pizza. Isso e umas fantásticas tábuas em bambu, que tanto servem para servir as pizzas, como para cortar os ingredientes, como ainda de bases de quentes (e para mim acho-as ainda um excelente presente de natal, juntamente com um queijo e uns patés!) Mas estas e outras coisas podem ver no catálogo da KASA (http://goo.gl/923Yq4.)
 E só para abrir o apetite, uma receita de pizza com cores de natal!



Ingredientes para 2 Pizzas:

175ml de água
1 colher de sopa de azeite
sal q.b.
400g de farinha 
1/2 saqueta de levedura seca (cerca de 5g) - usei fermipan

Molho de tomate q.b. (receita aqui)
1 courgete
1 requeijão de Seia
100g de queijo mozarella ralado

Preparação:

Aqueça um pouco a água apenas para que fique tépida. 
Numa taça coloque a farinha. Abra um buraco ao centro e junte a levedura seca, o sal, o azeite e junte a água tépida. Amasse bem até formar uma bola que se desprenda das paredes da taça, tape com um pano e deixe levedar.
Depois de ter dobrado de volume divida a massa em dois e estenda-a colocando-a em dois tabuleiros próprios. Cubra cada uma das pizzas com o molho de tomate.
Com um descascados de legumes corte afias de courgete bem finas. Divida as fatias pelas pizzas, bem como o requeijão previamente esfarelado. Termine com um pouco de queijo mozarella. 
Leve depois a cozinhar em forno previamente aquecido (180ºC) até a massa estar cozinhada e o queijo derretido e ligeiramente dourado.


Bom Apetite!



Nuggets de Frango com Palitos de Batata Doce e Cenoura Assada e Molho de iogurte e alho


Cada vez é mais difícil recusar certos alimentos ao Zé Maria. Nada que não estivéssemos a contar. Parece-me normal que uma criança habituada a que os pais lhe ofereçam tudo o que também estão a comer, comece a estranhar que há determinadas coisas que nunca lhe oferecemos, e que quase lhe escondemos quando ele nos pede. é o caso dos bolos, bolachas e algumas sobremesas que lhe chamam a atenção.
Ainda sem lhe dar quase nada, no outro dia demos-lhe um pedacinho de um biscoito caseiro de azeite, e meio pãozinho tipo de leite que eu tinha feito, e que levou um pouco de açúcar. Tudo porque ele pediu e não se deixou enganar. E porque quero ser eu, com conta peso e medida, ir introduzindo pequenas coisas. Bolos simples, biscoitos e bolachas caseiros, sem cremes e sem chocolate. Quero afastá-lo o mais possível das gomas, chupas, rebuçados, chocolates e bolos com creme ou de pastelaria, bem como sobremesas muito ricas com leite condensado e afins. Para já só provou mesmo um pouco de biscoito. Vamos a ver como vai ser com as festividades que se aproximam. Esta semana estava pronto para se “afiambrar” a umas mini-tarteletes com doce de ovos e canela que eu tinha feito…
Quanto ao resto, continua a adorar a papa de aveia, o iogurte natural, fruta, pão com manteiga, sopa, tomate cereja, peixe, batatas e massinha.
Mas a Iglo, voltou a “desafiar-me”, desta vez com os nuggets de frango. Também eles com cereais integrais e para se prepararem no forno. Estes novos nuggets são preparados com peito de frango e pão ralado integral e, tal como os douradinhos, parecem-me uma solução para quando não temos oportunidade ou vontade de cozinhar, oferecendo na mesma às nossas crianças uma alimentação equilibrada. 
Há que saber encontrar os acompanhamentos certos. É importante saber encontrar um equilíbrio entre estas refeições pré-feitas, e aquilo que as acompanha.
Aqui em casa quase que eliminamos as batatas fritas (mas apesar disso o Zé Maria adora “fritas”. Porque é que os miúdos parece que nascem a gostar destas coisas mesmo só as comendo raramente?. 
A solução para acompanhar estes nuggets, foi fazer uns palitos de batata doce e cenoura no forno, que acompanhamos com um saudável molho de iogurte.

Ingredientes para 2 adultos e 1 criança:

1 embalagem de nuggets de frango Iglo com cereais integrais
4 batatas doce
2 cenouras
1 iogurte natural
1 dente de alho
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.
sumo de limão q.b.

Preparação:

Lave bem as batatas doce e corte-as em palitos finos sem as descascar. Descasque as cenouras e corte-as também em palitos do mesmo tamanho das batatas. Coloque os palitos de batata e de cenoura num tabuleiro forrado com papel vegetal e tempere com um pouco de sal e regue com azeite misturando bem.
Leve ao forno previamente aquecido a 180ºC até que as batatas e as cenouras fiquem cozinhadas e crocantes.
Prepare também os nuggets de acordo com as instruções da embalagem.
Prepare o molho de iogurte misturando o iogurte com o dente de alho esmagado, sal e pimenta e um pouco de sumo de limão.
Sirva os nuggets com os palitos de batata e cenoura e o molho de iogurte.


Bom Apetite!

Salada Russa Gratinada com Queijo da Ilha


10 dias para o Natal! A contagem decrescente começa agora.
Por aqui começaram finalmente os primeiros preparativos. Embrulharam-se as primeiras prendas que se colocaram debaixo da árvore. Comecei a decorar as embalagens para colocar bolachas, aproveitando latas, naperons de papel, papel kraft e etiquetas.
Já tinha dito que este ano a palavra de ordem era simplificar e assim está a ser. Os “cabazes” mais recheados dão este ano lugar a duas ou três coisas especificamente escolhidas para quem as vai receber. Compota de abóbora, granola caseira, bolachas e biscoitos vários, geleia de vinho e especiarias e uns mini-bolos e coroas e acho que ficamos por aqui. Além disso este ano até as etiquetas serão mais simples… Mas apesar de tudo, com embalagens bonitas e vistosas, pois os olhos também comem.
Enquanto se vai organizando o natal e os presentes, a cozinha entre em modo de refeições mais simples.
Hoje uma solução de aproveitamento: aproveitar uma salada russa para fazer um gratinado com um toque de queijo da ilha. 

Ingredientes:

350g de Sobras de salada Russa preparada com batata, cenoura, ervilhas, azeitona, ovo cozido, e tomate em cubinhos
2 filetes de pescada
sal q.b.
azeite q.b.
maionese q.b.
200ml de molho bechamel caseiro
50g de queijo da ilha

Preparação:

Tempere os filetes de pescada com um pouco de sal e leve-os a cozinhar numa frigideira com um fio de azeite. Retire, dixe arrefecer um pouco e desfaça os filetes em lascas.
Junte os filetes desfiados à mistura de salada russa e envolva com um pouco de maionese.
Coloque tudo num prato que vá ao forno e à mesa e cubra com molho béchamel e depois com o queijo ralado.
Leve ao forno previamente aquecido a 180ºC e deixe gratinar até ficar dourado.
Sirva com uma salada verde.


Bom Apetite!

Waffles de Cereais com Banana e Mirtilos


A época das festas e dos excessos alimentares aproxima-se. Por mais que eu diga que não vou exagerar e que me vou controlar ao máximo na alimentação, é certo e sabido que nunca consigo ser tão certinha como  deveria. A isto acresce que as festas por aqui continuam ainda durante todo o mês de Janeiro, com aniversários de 1/3 da família. E o facto de eu ainda estar a “recuperar” da segunda cesariana no espaço de 2 anos, e de não poder ainda retomar as idas ao ginásio.
Enquanto não se começam a enfardar sonhos, rabanadas e filhós como se só voltasse a haver natal em 2016, há que ir fazendo umas concessões. Até ao natal, controlar os doces e os excessos e fazer uns belos, saborosos e nutritivos pequenos almoços, daqueles que partilho com o Zé Maria.
Esta versão de waffles é repetida cá em casa, quando queremos variar das panquecas. Além disso é sempre uma boa sugestão para o fim de semana.

É já amanhã, sábado dia 12 que estarei no Natal na Rua, na Igreja de S. José em Coimbra, a partir das 17h, com um pequeno workshop de receitas para as festas de Natal, aberto e gratuito para toda a comunidade. Convido-vos a estarem presentes

Ingredientes para 2 pessoas:

50g de cereais de pequeno almoço (eu usei Weetabix)
50g de farinha 
1 colher de chá de fermento em pó
1 clara de ovo
1 colher de sopa de manteiga
75ml de leite

1 banana
25g de mirtilos
iogurte grego natural q.b.

Preparação:

Num robot de cozinha triture os cereais e coloque-os numa taça. Adicione depois a farinha, o fermento em pó, a clara de ovo, a manteiga e o leite e misture bem até obter uma massa grossa e sem grumos.
Aqueça a maquina das waffles e pincele-a com um pouco de óleo ou manteiga. Coloque a massa na máquina e feche até que as waffles estejam prontas, cerca de 4 a 5 minutos. 
Entretanto descasque a banana e corte-a em rodelas. Retire as waffles da máquina  e coloque-as no prato de servir. Acrescente uma colherada de iogurte grego e junte as bananas em rodelas e os mirtilos. Sirva de imediato.


Bom Apetite!

Creme de Cenoura com Caril


Falta já muito pouco para o Natal. Ainda menos para o meu aniversário. Ninguém acredita quando digo que não tenho ainda nada preparado, mas é a mais pura das verdades. Nem um presente embrulhado. Nem um cabaz feito. Apenas uns quantos frascos de compota alinhados no cimo do armário, e uma linda abóbora que a Áurea me ofereceu a um canto da cozinha.
Ainda não comprei todas as prendas, apenas por falta de tempo, porque pelo menos já sei o que comprar.
Este sábado ainda tenho um workshop, porque jamais conseguiria dizer não a um pedido solidário da minha paróquia.(E espero poder contar com vocês para estarem presentes pelas 17h na Igreja de S. José, para umas receitas para as festas de natal! É gratuito e aberto a todos, mas convém inscreverem-se na secretaria da Igreja.)
E depois… Depois espero finalmente começar os preparativos aqui por casa. Porque estou realmente a sentir a falta de viver o natal como eu gosto. E para ser sincera, este ano e apesar de já estarmos no dia 10 de Dezembro, ainda não consegui….
E para recuperar forças e retemperar o espírito, uma sopa quente e aromática para as noites frias.
Para ser comida em frente à lareira, com uma manta nas pernas…

Ingredientes para 4 pessoas

1 cebola
600g de cenouras
1 courgete pequena
1 colher de sopa de pó de caril
sal e pimenta q.b.
Azeite q.b.
coentros frescos e tomate cereja para decorar

Preparação:

Descasque a cebola e pique-a finamente. Leve-a a alourar, num tacho juntamente com um pouco de azeite. Acrescente depois o pó de caril e deixe-o fritar em lume brando até libertar os seus aromas.
Acrescente depois as cenouras e a courgete, descascadas e cortadas em pedaços pequenos. Envolva bem no refogado e cubra tudo com água a ferver.
Deixe cozinhar até os legumes estarem macios. Triture depois muito bem com a varinha mágica e tempere a gosto com um pouco de sal e pimenta. Se necessário acrescente um pouco mais de água até obter uma sopa com a consistência desejada, ainda espessa e muito cremosa.
Sirva bem quente com coentros frescos e tomate cereja em pedacinhos para dar frescura.


Bom Apetite!

Salada de Rebentos de Ervilhas com Queijo Feta


O tempo passa a correr e eu sem tempo. Precisava de dias de 48 horas até o final desta semana…. Mas não estica e portanto há muita coisa a ficar para trás. Prometo que vou tentar compensar os comentários sem respostas e os mails em atraso. As coisas mais urgentes, como perguntas sobre coisas para os cabazes e afins em vou tentar responder até ao final da semana… Mas por favor não levem a mal a minha “ausência” nestes últimos tempos e a minha falta de respostas.
Entretanto aqui por casa vai-se cozinhando muito, mas ao mesmo tempo muito pouco.
Tenho experimentado algumas coisas novas e testado outras coisas para as festas que se avizinham.

Aproveito desde já para convidar os meus leitores de Coimbra (e não sou!) para no dia 12 de Dezembro, já este sábado, estarem presentes no Natal na Rua, na Igreja de S. José em Coimbra, a partir das 17h, onde vou estar com um pequeno workshop de Natal, aberto e gratuito para toda a comunidade. Convém no entanto inscreverem-se na secretaria da Igreja.

Aqui por casa as receitas mantêm simples e tenho usado alguns ingredientes menos convencionais. Foi a minha primeira vez com os rebentos de ervilhas - que comprei na Makro - e resultaram muito bem numa salada verde. O Miguel ainda me tentou dizer que está muito frio para saladas, mas esta, muito verde, ligou perfeitamente com as entradas que preparei para um almoço com os nossos amigos Rita e JP. E foi aprovada por todas.
Parece-me uma boa sugestão para estar presente numa mesa na época de natal. Que me dizem?

Ingredientes:

50g de rúcula selvagem
25g de rebentos de ervilhas
2 colheres de sopa bem cheias de ervilhas cozidas
2 colheres de sopa de croutons de alho (usei de compra)
50g de queijo feta
azeite virgem extra para temperar
flor de sal

Preparação:

Numa saladeira coloque o rúcula, os rebentos de ervilhas, as ervilhas, os croutons e o queijo feta esfarelado. Misture bem, envolvendo suavemente com as mãos.
Mesmo antes de servir tempere com um pouco de flor de sal e um fio de azeite.
Excelente como entrada ou para acompanhar folhadinhos de queijo.


Bom Apetite!

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