Gaspacho à moda da Avó Cila com Petinga Frita


As minhas memórias vivem muito através da comida, e nestes últimos dias isso tem sido muito visível. As amoras silvestres que acabaram em compota e me trouxeram à memória uma parte das minhas férias de verão da infância e a minha querida avó Cila. E depois disso bastou fazer a compota de tomate, tal qual ela a fazia e como eu sempre faço. O cheiro do tomate com a canela e o limão foi suficiente para me fazer recordar novamente dela e ficar com uma lágrima no canto do olho. Sei que enquanto a cozinha e a comida forem um veículo para recordar a minha avó e as receitas e ensinamentos que ela me passou, ela estará sempre ao meu lado. 
Talvez por isso lembrei-me de fazer o gaspacho como ela fazia. Acho que em tantos anos nunca o tinha feito. Não tinha uma receita escrita, mas tinha de memória o sabor e a cor dos ingredientes. E acredito que ela me “guiou” enquanto preparava o gaspacho, para que ficasse igual à minha memória do gaspacho dela.
Era de presença assídua esta “sopa”, nos dias quentes de verão. Sei que ela a fazia principalmente para agradar ao meu pai, que sempre gostou muito de gaspacho.
É a versão do gaspacho à moda do alentejo. Desta vez, não a comemos como “sopa”, mas tal como se come no alentejo, a acompanhar peixe frito. (Que me perdoem o post lamechas, e os mais puristas da gastronomia alentejana se esta receita não for exatamente um gaspacho alentejano…)





Ingredientes para 2 pessoas:

1 tomate médio “coração de boi” maduro
1/2 pepino
1/2 pimento verde pequeno
1 dente de alho
2 colheres de sobremesa de oregãos secos
azeite virgem extra q.b. (de boa qualidade. Usei outra versão de um azeite de que já vos tinha aqui falado, desta vez, o CASA ANADIA Private Collection)
vinagre q.b.
sal marinho tradicional q.b.
água bem fria e/ou cubos de gelo
fatias de pão alentejano (de preferência com um dia ou dois) para servir

350g de petinga (ou carapau miúdo) arranjado
sal marinho q.b.
farinha q.b.

Preparação:

Lave bem os legumes. Descasque o pepino com um descascador de legumes deixando apenas uma pequena tira de pele alternadamente. Corte depois o pepino ao meio, no sentido do comprimento e, com a ajuda de uma colher raspe as sementes. Corte depois o pepino em cubinhos pequenos, mais ou menos do mesmo tamanho e coloque numa saladeira grande. Corte também o pimento em cubinhos, assim como o tomate, descartando a maior parte das sementes. (Eu não pelei o tomate, mas se preferirem podem fazê-lo). Acrescente depois ao legumes o dente de alho ralado (ou então bem esmagado numa papa com o sal) e tempere com sal, os oregãos secos e uma dose generosa de azeite e vinagre a gosto. Envolva bem.
Acrescente depois a água fria a gosto até obter uma espécie de sopa. Coloque no frigorífico até servir. (Esta sopa deverá servir-se bem fria, e ganha se for preparada com algumas horas de antecedência para os sabores se desenvolverem).
Para as petingas, tempere-as de sal e passe-as pela farinha antes de as levar a fritar em óleo quente até que fiquem douradas e crocantes. Escorra sobre papel absorvente.
Corte o pão alentejano em cubos pequenos e reserve.
Sirva o gaspacho com os cubos de pão, colocando-as apenas na sopa na hora de comer, e acompanhe com as petingas fritas.


Bom Apetite!

Compota de Amoras Silvestres


Das memórias da minha infância. Apanhar amoras silvestres no caminho mesmo ao lado da casa de aldeia dos meus avós. De estar calor e de as comer ainda quentes: uma na boca e outra na taça. De ter que ter cuidado para não cair na berma que era funda, e de ter tantas vezes nesta tarefa a ajuda da Judite, a minha amiga, vizinha da frente, mais velha do que eu, mas que eu adorava.
Os dias de verão que passava em S. Miguel de Poiares, davam direito a banhos nas água geladas das piscinas da Fraga, enquanto o meu avó, muitas vezes impaciente, lá esperava por mim até que acabasse os banhos e tivesse vontade de ir para casa. Tinha muitas vezes para o lanche, assim que chegava, as filhoses de água da minha avó, polvilhadas com açúcar e canela. As brincadeiras da “Ana de Cabelos Ruivos” na cozinha de cima da avó, que eu achava que era mesmo parecida com a dos desenhos animados. As idas a casa da Judite e da D. Beatriz - com a avó a ajudar a atravessar a estrada - para brincar. A casa era ao lado de uma serração o que me faz ainda hoje, sempre que cheiro madeira cortada, me lembrar desses dias, dessa casa e dessa serração que já não existem.
Os dias de verão em casa da avó, em que apanhávamos as amoras levavam-nos a fazer compota. (Ou será que não, e é apenas a minha memória que me atraiçoa neste ponto?) Isso não interessa…
As amoras silvestre lembram-me coisas felizes e pessoas de quem eu gosto muito. 
Esta compota é toda ela uma recordação. E esta é a minha versão (e da avó Cila).


Ingredientes para 4 frascos de 100 ml de capacidade:

500g de amoras silvestres
350g de açúcar

Preparação:

Num tacho coloque as amoras bem limpas e lavadas. Junte o açúcar e envolva bem, de modo a que o açúcar comece a cobrir as amoras.
Leve depois o tacho ao lume e deixe levantar fervura. Reduza depois para o mínimo e deixe cozinha em lume muito brando, até o doce atingir o ponto de estrada  - em que colocando um pouco da doce num pires e passando com a ponta de uma colher ou do dedo, esta abre uma “estrada” que não se une de imediato. Atenção para não deixar a compota passar do ponto e ficar rija e caramelizar.
Coloque depois a compota (ainda quente) em frascos de vidro previamente esterilizados (e de preferência também quentes) e tape de imediato. Vire-os depois de cabeça para baixo e deixe ficar assim cerca de 30 minutos para que criem um vácuo natural.
Etiquete a gosto e guarde-os depois num local fresco e seco até utilizar.


Bom Apetite!

Empadinhas de Frango



Sobras congeladas de frango de churrasco de um jantar com “convidados surpresa”, que são tão queridos que ligam a dizer que vêm jantar, mas que tratam de tudo. Só sobraram peitos.
Resolvo descongelar as ditas sobras e fazer algo que tanto gosto: cozinhar com sobras!
Uma bola ou quiche de frango eram as minhas primeiras ideias. Mas rapidamente evoluiu para umas empadinhas individuais de frango. Porque não? Afinal ia ter uns amigos cá em casa para um lanche ajantarado e as empadinhas parecem-me sempre bem.
Uma tarde cinzenta de domingo e a ameaçar chuva. Um Zé Maria a dormir a sesta e um Miguel que foi tratar de cortar a relva do nosso novo jardim.
Eu fui “curtir” a minha cozinha e preparar as empadas (e pelo meio uma tarte tatin de maçã reineta!)



Ingredientes para 12 empadas:

Massa
300g de farinha
1 ovo
30ml de água tépida
40ml de vinho branco
30g de manteiga amolecida 
sal q.b.
1/2 saqueta de levedura seca  - cerca de 5 gramas

Recheio
450g de sobras de frango de churrasco (já desfiado e limpos de peles e ossos)
1 cebola
2 dentes de alho
azeite q.b.
sal e pimenta q.b.
noz moscada q.b.
50ml de vinho branco
2 colheres de sopa de farinha
150ml de leite

Preparação:

Para a massa, coloque numa taça a água tépida, o vinho branco, a manteiga, um pouco de sal e a levedura seca. Misture bem até que tudo se dissolva mais ou menos. Junte depois a farinha e o ovo inteiro e amasse bem durante alguns minutos até obter uma bola de massa lisa e elástica (poderá amassar com a batedeira usado para isso as pás próprias). Forme uma bola, coloque numa taça, tape com um pano e deixe repousar 30 minutos.
Prepare depois o recheio. Pique finamente a cebola e os dentes de alho e leve-os a alourar num pouco de azeite. Acrescente depois o frango desfiado e o vinho branco,  envolvendo bem, e deixe cozinhar uns minutos no refogado. Polvilhe depois com a farinha e acrescente o leite de modo a ficar com um recheio cremoso. Retifique de sal e pimenta e tempere a gosto com a noz moscada. Reserve e deixe arrefecer completamente antes de usar.
Retire cerca de 2/3 da massa e divida-a em 12 pedaços iguais. Estenda com a ajuda de um rolo e forre 12 forminhas de empadas ou queques que deverá untar com um pouco de manteiga.
Divida depois o recheio pelas 12 empadas. Com a restante massa, volte a dividir em 12 pedaços e estique-os para formar as tampas das empadas.Coloque sobre a massa recheada e feche bem as duas massas pressionando com a ponta dos dedos.
Pincele depois as empadinhas com um pouco de leite ou até de gema de ovo batida e leve a cozinhar no forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 25 minutos ou até que as empadas estejam bem cozinhadas e douradas.
Retire do forno e deixe arrefecer completamente antes de desenformar.
Se quiser poderá também congelar as empadinhas depois de prontas.


Bom Apetite!

Arroz de Pato com Molho de Soja


Já nem me lembrava de fazer arroz de pato! É daquelas receitas que faço muito ocasionalmente, muitas vezes para almoços ou jantares de família, ou para festas com muita gente, uma vez que rende bastante, é muito prático para uma refeição volante e é, de uma maneira geral, do agrado de todos.
Nos últimos tempos não me tenho lembrado de fazer. Mas um pato caseiro que comprei, e o facto de ter visto (ou ouvido falar) recentemente de uma receita de arroz de pato com molho de soja, deixou-me curiosa para experimentar. Além disso, tinha mesmo necessidade de uma refeição para nós que pudesse deixar pronta de véspera. Todos os critérios estavam reunidos.
Foi só colocar mãos à obra, e o arroz de pato fez-se num instante. O molho de soja dá-lhe um toque diferente, mas não desvirtua o sabor mais tradicional de um arroz de pato. Gostei do resultado e acho que resulta bem.
É só mais uma receita de arroz de pato. Com um ingrediente fora do normal e certamente pouco tradicional.



Ingredientes para 2 pessoas (com sobras):

1/2 pato (cerca de 800g)
2 cebolas
2 dentes de alho
1 cenoura
1 talo de aipo
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.
alguns grãos de pimenta
3 cravinhos em grão
6 colheres de sopa de molho de soja
1 alheira
1 medida de arroz carolino

Preparação:

Corte a metade do pato em mais duas ou três partes e coloque-as numa panela. Acrescente a cenoura descascada, a cebola também descacada e com os cravinhos espetados, o talo de aipo, os grãos de pimenta e tempere com 3 colheres de sopa de molho de soja e um pouco mais de sal e pimenta a gosto. Cubra com água e leve ao lume para levantar fervura.
Assim que começar a ferver reduza o lume para o mínimo, tape e deixe cozinhar em lume brando até o pato estar macio.
Quando o pato estiver cozinhado, escorra-o do caldo e deixe arrefecer um pouco antes de o desfiar e limpar de ossos e de peles. Reserve a carne.
Coe depois o caldo da cozedura do pato e reserve para o arroz, assim como a cenoura.
Pique a outra cebola juntamente com os dentes de alho e leve a alourar num pouco de azeite. Acrescente o arroz e deixe-o fritar alguns minutos em lume brando. Acrescente o restante molho de soja e o dobro da quantidade de arroz do caldo da cozedura do pato. Retifique os temperos e se necessário ajuste. (Se achar que o caldo já está bom de sal, não coloque mais molho de soja, uma vez que este também é salgado. Preferencialmente não deve salgar muito o caldo onde coze o pato!).
Deixe o arroz começar a ferver, reduza para o mínimo tape e deixe cozinhar em lume muito brando até ter absorvido toda a água.
Coloque depois metano do arroz no fundo de um tabuleiro que possa ir ao forno e por cima disponha o pato desfiado. Cubra com o restante arroz e decore a gosto com a cenoura que reservou e umas rodelas de alheira.
Leve ao forno previamente aquecido a 200ºC apenas para alourar o arroz e cozinhar a alheira até ficar dourada.
Sirva com uma salada verde.


Bom Apetite!

Tabuleiro de Frango no Forno com Batata Doce, Cebola e Tomate Cereja


Quem me conhece sabe que o tempo muito quente não me convence. Apesar de gostar muito de praia, de sol, de calor, de noites quentes, de churrascos e refeições ao ar livre, eu gosto de dias cinzentos e de chuva. De frio e de cachecóis, e ainda mais de mantas, lareira acesa e uma chávena de chá quente e bolo acabado de fazer.
Talvez por isso, o calor não seja nunca motivo para me demover de querer cozinhar. De ligar o forno, de estar de volta do fogão.
Estes dias cinzentos e estranhos que têm feito parte deste Agosto instável, têm-me feito lembrar o outono,  dão-me vontade de estar na cozinha a fazer bolos, pratos de forno e a “compotar” para ir preparando o natal.
Acredito que o calor vai voltar. Por enquanto aproveita-se este inicio de outono antecipado e aproveita-se para fazer umas refeições mais reconfortantes.
Este tabuleiro de frango é uma dessas refeições e tem a particularidade de, com temperos tão escassos e banais, conseguir transformar esta refeição tão saborosa.

Ingredientes para 2 pessoas:

2 pernas de frango inteiras
2 batatas doce médias
1 cebola
2 dentes de alho
15 tomates cereja
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.
manjericão q.b. (opcional)

Preparação:

Corte as pernas de frango de modo a separar a coxa da restante perna. Tempere com um pouco de sal e pimenta e reserve.
Descasque as batatas doces e corte-as em cubos. Coloque-as no fundo de um tabuleiro ou assadeira. Pique grosseiramente a cebola e junte-a às batatas, assim como os dentes de alho esborrachados. Corte os tomates cereja ao meio e junte-os também à mistura de tomate e cebola. Tempere a gosto com sal, pimenta e regue com azeite. Misture bem.
Por cima da mistura das batatas disponha os pedaços de frango. Regue com um pouco mais de azeite e tape com papel de alumínio.
Leve a assar em forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 45 minutos. Ao fim desse tempo retire o papel de alumínio, ligue o grilo do forno (ou aumente um pouco a temperatura se não tiver esta função) e deixe o frango acabar de cozinhar e tostar a pele até ficar dourada.
Sirva polvilhado com folhas de manjericão fresco e acompanhe com uma salada verde.


Bom Apetite!

Rolinhos de Porco com Fiambre, Queijo e Manjericão


O avançar rápido do final da gravidez, que já conta com 35 semanas, não me tem impedido, até à data, de continuar minimamente activa e com vontade de fazer coisas. Depois da mudança de casa, de arrumar tudo, de preparar o quarto do António e também o do Zé Maria, de ter ido uns dias para a praia, e de continuar a gerir a minha casa e a ter o Zé Maria como companheiro de aventuras todos os dias, a vontade de cozinhar mantém-se!
Entre algumas coisas que tenho preparado para abastecer o congelador para os primeiros dias em casa do pequeno António e para alimentar o Miguel e o Zé Maria durante a minha ausência na maternidade, tem ainda havido vontade para experimentar algumas coisas novas, fazem compotas e bolachas e ainda para as nossas refeições simples do dia a dia.
Não sei como será quando estiver em casa com uma criança de 2 anos e um bebé. Não sei como serão os horários deste bebé, como será preparar almoço e jantar. Não sei sequer se vou ter disponibilidade física e mental para estar na cozinha. Mas não faço nem dramas nem planos. Aguardo a chegada do novo membro da família, mimo o Zé Maria o mais que posso e consigo e deixo essas preocupações apenas para quando me deparar com elas.
Entretanto a cozinha continua uma vontade e uma forma de descontrair e relaxar, ainda que de barriga encostada ao fogão. Para hoje há mais uma receita simples para mães atarefadas!

Ingredientes para 2 pessoas:

4 bifanas de porco finas
4 fatias de fiambre
4 fatias de queijo flamengo ou mozarella
4 folhas de manjericão
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.

Preparação:

Prepare as suas bifadas, espalmando-as e batendo-lhes com um martelo de cozinha de modo a torna-las mais finas. Tempere-as depois com sal e pimenta.
Sobre cada bifana coloque uma fatia de fiambre, uma fatia de queijo e uma folha de manjericão fresco. Enrole depois cada bifara cuidadosamente como se fosse uma torta e prenda com um palito.
Leve uma frigideira anti aderente ao lume com um fio de azeite e deixe aquecer um pouco. Acrescente os rolinhas de porco e deixe cozinhar, virando algumas vezes, para que fiquem dourados. Tape depois a frigideira e reduza o lume, deixando a carne cozinhar em lume brando, cerca de 10 minutos, ou até estar bem cozinhado.
Sirva os rolinhos de porco polvilhados com mais manjericão fresco e acompanhe com arroz branco e uma salada de tomate e oregãos.

Bom Apetite!


Compota de Figo com Canela e Vinho do Porto


Os figos que o avô me trouxe das suas férias em casa da Tia Tilita, já tinham o destino traçado ainda antes de chegarem ao seu destino. Uma compota!
Apesar de outras combinações deliciosos de saladas e afins me encherem as medidas, como figos e chévre, salada de figos e presunto, queijo com figos e muitas sobremesas como tarte de figo e mascarpone, a compota de figo era a minha prioridade. (Conto ainda com os figos dos sogros, mais tardios, para essas outras delícias!)
Os figos chegaram, deliciosos, doces e claro que guardei alguns para o Miguel e o Zé Maria que adoram comê-los ao natural. Quanto a mim, apesar de também gostar muito, estão agora proibidos a esta grávida com diabetes gestacional….
Dos sabores para complementar estes figos deliciosos, maduros e colhidos na altura certa, o vinho do porto e a canela. Uma combinação que me parece simples e perfeita, sem “danificar” o sabor dos figos, mas que os faz sobressair ainda mais.
Eu sei que há quem não goste muito de me ouvir falar disto nesta altura do ano, mas faltam (apenas) 125 dias para o Natal! E assim, as compotas começam a sair para os cabazes. (Será que este ano, com duas crianças pequenas haverá cabazes? Uma dúvida que irá persistir até aos dias que antecedem o Natal!)



Ingredientes para cerca de 6 frascos de 200ml de capacidade:

1,5 kg de figos (usei pingo de mel)
1 kg de açúcar
2 paus de canela
100ml de vinho do Porto

Preparação:

Lave os figos e corte-os em quartos. Coloque-os depois numa panela grande, onde tudo caiba à vontade, e acrescente o açúcar. Mexa bem, até o açúcar começar a dissolver-se com os figos. 
Leve o tacho ao lume e deixe levantar fervura. Acrescente os paus de canela e o vinho do Porto e reduza o lume para o mínimo, deixando a compota cozinhar lentamente, reduzindo e engrossando. Quando a compota tiver atingido o ponto desejado, o chamado ponto de estrada - em que colocando um pouco da compota num pires e passando com a ponta de uma colher ou do dedo, esta abre uma “estrada” que não se une de imediato - a compota está pronta. Tenha apenas cuidado para não deixar a compota cozinhar demasiado, para que não caramelize e fica rija. (No meu caso a compota cozinhou cerca de 1h30 até atingir o ponto, mas poderá demorar um pouco mais ou um pouco menos.)
Coloque a compota ainda quente nos frascos de vidro previamente esterilizados (e de preferência também quentes) e tape de imediato. Vire-os depois de cabeça para baixo e deixe ficar assim cerca de 30 minutos para que criem um vácuo natural.
Etiquete a gosto e guarde-os depois num local fresco e seco até utilizar.
Há ínumeras e deliciosas maneiras de comer compota. A de figo é para mim excelente com queijo, especialmente queijos de sabores mais fortes, como o chévre ou até queijo da ilha, e juntamente com uma bolachinhas de água e sal, fazem umas “tapas” rápidas e deliciosas.


Bom Apetite!

Pataniscas de Pescada com Salada de Feijão Frade


Uma receita simples para testar uma "teoria" que tinha ouvido há uns tempos.  Já se sabe que podemos fazer pataniscas de quase tudo, e que são uma excelente forma de aproveitar um pouco de peixe - de de carne, legumes ou chouriço - que tenham sobrado de outra refeição. Mas a "teoria" que tinha ouvido é que as pataniscas de pescada eram deliciosas, principalmente se utilizássemos o peixe por cozinhar, em cru, deixando-o apenas cozinhar na fritura das pataniscas.
Confesso que assim nunca tinha experimentado e fiquei curiosa. Quanto mais não fosse torna a tarefa de fazer pataniscas mais rápida....Uns lombinhos de pescada que tenho quase sempre em casa foram a desculpa ideal para experimentar finalmente esta receita. E realmente resulta. E ficam muito boas. E para mim, acompanhadas de saladinha de feijão frade, fazem uma das minhas refeições de verão  e de praia favoritas. Fica a ideia.

Ingredientes para 2 pessoas:

2 lombinhos de pescada previamente descongelados
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.
5 colheres de sopa de farinha
1 ovo
100ml de água com gás ou cerveja
1/2 cebola
1 raminho de salsa

Para a salada de feijão frade
300g de feijão frade cozido
1/2 cebola
1 molhinho de salsa
azeite q.b.
vinagre q.b.

Preparação:

Comece por cortar os lombinhos de pescada em pequenos pedaços e reserve.
Entretanto junte o ovo com a farinha, a água ou cerveja e tempere de sal, pimenta e com um pouco de azeite. Misture bem até obter uma massa lisa e acrescente depois a salsa e a cebola previamente picadas finamente e os pedaços de pescada. Misture bem até obter uma massa lisa e sem grumos e nem muito grossa nem demasiado líquida. (Se necessário acrescente mais líquido ou um pouco mais de farinha.)
Frite as pataniscas em colheradas, óleo vegetal quente, até que fiquem bem douradas, virando-as para que cozinhem uniformemente. Escorra sobre papel absorvente.
Para a salada de feijão frade, coloque o feijão numa saladeira e acrescente a cebola picada assim como a salsa também picada. Tempere a gosto com azeite - seja generoso - e com um pouco de vinagre. Misture bem.
Sirva as pataniscas com o feijão frade e, se gostar acompanhe com uma salada de tomate.

Bom Apetite!

Esparguete com Legumes de Verão, Molho de Tomate e Manjericão


No regresso das férias a inspiração para cozinhar tem vindo essencialmente dos legumes da horta, das suas cores e dos seus aromas.
Ter a sorte e/ou privilégio de cozinhar com produtos apanhados uma ou duas horas antes é que me dá imenso prazer. Lembro-me de ser miúda e, em casa dos meus avós paternos irmos apanhar alfaces mesmo antes de as lavarmos para a salada do almoço, ou os tomates mesmo antes de os cortar para o refogado, ou as couves para a sopa apanhadas minutos antes de irem para a panela.
Acredito que para quem não vive na cidade e tenha uma horta ou quinta, esta prática ainda seja comum. Mas quem tem de fazer as suas compras maioritariamente em supermercados com produtos que viajam entre vários países durante dias, ou que são acondicionados em câmaras frigoríficas durante semanas, ir a à horta ou a um mercado com pequenos produtores em que a fruta e os legumes são colhidos pouco antes de vender torna-se uma experiência completamente diferente, quer em termos de sabor, quer de cheiro e até de textura.
Por aqui assou-se um tabuleiro de legumes e preparou-se um saboroso molho de tomate. No fim, um pouco de espaguete ligou tudo, num jantar de meio de semana sem carne ou peixe.

Ingredientes para 2 pessoas (com sobras de legumes)

Para os legumes assados:
1 beringela pequena
1 courgete pequena
2 cebolas roxas pequenas
1 pimento vermelho pequeno
2 entes de alho
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.

Para o molho de Tomate:
3 tomates maduros
1 cebola amarela
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.
2 colheres de sopa de vinagre balsâmico
folhas de manjericão fresco q.b.

200g de esparguete
queijo parmesão ralado na hora q.b.
folhas de manjericao fresco q.b.

Preparação:

Para os legumes assados lave bem a beringela e a courgete e corte-as em rodelas não muito grossas. corte depois as rodelas ao meio e coloque-as num tabuleiro que possa ir ao forno. Junte depois as cebolas previamente descascadas e cortadas em meias luas finas, e o pimento em cubinhos. Esmague os dentes de alho e acrescente aos legumes.Tempere com um pouco de sal, pimenta e regue com azeite. Envolva bem todos os legumes e leve a assar em forno previamente aquecido a 180ºC até que os legumes estejam macios e ligeiramente dourados.
Para o molho de tomate pique finamente a cebola e leve-a a refogar com um pouco de azeite. Arescente depois os tomates cortados em cubos pequenos e deixe cozinhar cerca de 10 minutos. Tempere depois a gosto com sal, pimenta e com o vinagre balsâmico e deixe cozinhar até o molho estar apurado. Quando o molho estiver pronto acrescente algumas folhas de manjericão fresco rasgadas com as mãos, envolva bem e desligue o molho. Reserve.
Entretanto coza o espaguete em água a ferver temperada de sal até ficar al dente. Escorra bem e coloque-o num prato de servir. Acrescente os legumes assados e molho de tomate a gosto e envolva bem até a massa estar bem coberta.
Acrescente o queijo parmesão a gosto sobre a massa quente e decore com umas folhas de manjericão fresco.

Bom Apetite!


Salada de Couscous com Abóbora e Peito de Frango Assado


Chegar a casa depois das férias implica sempre a logística habitual de desfazer malas, fazer máquinas de roupa e ir às compras.
Depois das malas desfeitas, das máquinas de roupa  - que demoram mais a secar do que eu esperava porque não tem estado muito sol por aqui, e da ida às compra para repor stock de iogurtes, manteiga, queijo, fiambre, leite e alguma fruta, é também tempo de dar um salto à horta e ver o que está por lá a necessitar de ser colhido.
A ida à horta fez-se de manhã. Uma manhã com nuvens e bastante fresca para Agosto. E vim para casa carregada: muitos tomates (cereja, coração de boi e chucha), abóbora hokkaido,  morangos, framboesas, beringela, courgete, adelgas. manjericão verde e roxo, salsa, ceboleta, hortelã normal, limão e chocolate, pepino e aipo.
Claro que com um "cabaz" destes, a inspiração para as refeições da semana se baseiam em muitos legumes coloridos. A ver se aproveito também - que a gravidez já vai avançada, nas 34 semanas - para fazer algumas refeições para congelar para os primeiros tempos em casa. Fiz o mesmo quando estava grávida do Zé Maria e aconselho a todos!
Para começar, uma salada de couscous com peito de frango assado. Pode parecer mais comida de Outono do que de Verao, mas com o tempo que têm estado não me parece nada mal....

Ingredientes para 2 pessoas:


1/2 abóbora Hokkaido (cerca de 300g)

1 medida de couscous
1 molhinho de salsa
2 peitos de frango com pele (optei por usar o peito de frango retirado de um frango que tinha em casa, pelo que pude manter a pele)
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.
1 pitada de colorau

Preparação:


Corte a abóbora em fatias não muito finas e coloque-as num tabuleiro que vá ao forno. Tempere com uma pitada de sal e um fio de azeite, tape com papel de alumínio e leve ao forno previamente aquecido a 180ºC até a abóbora estar macia.

Entretanto prepare o frango. Tempere-os com sal, pimenta, azeite e uma pitada de colorau, envolvendo bem toda a carne e pele. Coloque também num tabuleiro e leve ao forno cerca de 45 minutos. Retire e deixe repousar antes de cortar.
Para os couscous, coloque-os numa taça, e junte a mesmo medida de água a ferver. Tempre com um pitada de sal e um fio de azeite, mexa e tape deixando hidratar, cerca de 5 minutos.
Entretanto corte a abóbora em pedaços (se usar a abóbora hokkaido, poderá cozinha-la com a casca e comer a mesma, um afez que fica bem macia) e coloque numa taça de servir. Pique também a salsa e junte à abóbora. Assim que os couscous estejam prontos, solte-os com um garfo e envolva-os na mistura de abóbora e salsa temperando depois a gosto com um pouco mais de sal, se necessário, pimenta e azeite. Envolva bem.
Corte depois o peito de frango em fatias e sirva os couscous com o peito de frango. (Se quiser um molho rápido para acompanhar tudo, junte uma ou duas colheres de sopa de natas ou natas de soja aos sucos que o frango libertou a cozinhar e verta sobre o frango antes de servir.)

Bom Apetite!

Pêssegos Assados com Crumble de Aveia e Sementes


Na nova casa existia um pessegueiro que decidimos manter. O nosso novo pessegueiro já nos presenteou com alguns pêssegos doces e saborosos.
Os primeiros acabaram a ser colhidos ligeiramente verdes para não se estragarem durante a nossa ausência e foram durante alguns dias parte do "lanche" que nos acompanhava para a praia.
Assim que chegamos a casa, havia uns poucos prontos a ser colhidos e ainda outros caídos do chão.
Senti que tinha de cozinhar alguma coisa com os pêssegos do nosso pessegueiro. A quantidade de pêssegos é pequena, pelo que fazer uma compota estava fora de questão.
Foram então um delicioso pequeno almoço. Pêssegos aromáticos assados e um crumble crocante perfeito para fazer companhia aos pêssegos macios.
Espero que gostem desta sugestão, que tanto pode ser um pequeno almoço diferente, como uma sobremesa de verão, mais simples, e que acompanha deliciosamente  com um pouco degelado de nata ou baunilha.

Ingredientes para 1 pessoa:

2 pêssegos pequenos
25g de aveia
15g de manteiga
15g de açúcar ou 1 colher de sopa de mel
1 colher de chá de sementes de linhaça
1 colher de chá de sementes de girassol
1 colher de chá de pasta de baunilha
1 colher de sopa de água de rosas (opcional)

Preparação:

Lave bem os pêssegos e corte-os ao meio retirando cuidadosamente o caroço. Coloque-os depois numa pequena taça que possa ir ao forno, com a concavidade voltada para cima e regue com o água d rosas, se usar, e com a pasta de baunilha.
Àparte misture a aveia com as sementes, o açúcar ou mel e a manteiga e amasse até obter uma espécie de migalhas grossas.
Coloque esta mistura sobre os pêssegos, enchendo as concavidades e leve a assar durante 10 a 15 minutos em forno previamente aquecido a 180ºC até que os pêssegos estejam macios e o crumble dourado.
Sirva ainda morno com um pouco de iogurte natural, se for como pequeno almoço, ou com gelado de nata ou baunilha se estiver a pensar numa sobremesa.

Bom Apetite!

Semifreddo de Curd de Limão e Framboesas


Os limões reinaram nos últimos dias de culinária antes das férias.
Mesmo em jeito de despedida, uma sobremesa fresca com limão e framboesas que são só dois dos meus sabores favoritos em termos de sobremesas.
Uma sobremesa que fica muito bonita (eu pelo menos acho!), e que ninguém diz que se faz com poucos ingredientes e em poucos minutos.
Quase no final das minhas férias, deixo esta sugestão para prepararem no fim de semana e assim aproveitarem para utilizar o curd de limão. Sei que algumas pessoas não sabem bem que uso dar a esse “doce”, sem ser rechear bolos ou crepes, mas esta é uma excelente maneira de lhe dar outro uso.
Outra sugestão que deixo é que, se não tiverem framboesas frescas põem perfeitamente usar congeladas ou ainda utilizar um pouco de compota deslaçada com água.
Segunda feira há mais receitas comigo mais presente do outro lado do écran. Bom fim de semana!



Ingredientes:

200ml de natas (devem estar frias)
100g de queijo creme 
250g de curd de limão (usei caseiro)
125g de framboesas frescas
palitos La Reine q.b.
limão e hortelã para decorar

Preparação:

Numa taça misture o curd de limão com o queijo creme até ficar bem batido e com uma consistência homogénea. Bata depois as natas até estas ficarem com uma consistência próxima de chantilly e incorpore-as suavemente na mistura anterior até obter a base do semifreddo. Reserve.
Triture depois as framboesas até obter uma espécie de molho.
Forre uma forma tipo bolo inglês com película aderente e verta metade do creme de limão. Sobre este creme coloque uma camada de palitos La Reine previamente embebidos nas framboesas trituradas.
Se sobrarem framboesas trituradas verta-as sobre a camada de palitos - e cubra com o restante creme de limão.
Tape bem com mais película aderente e leve ao congelador durante pelo menos três horas, até que a mistura fique firme e seja possível desenformar e cortar o semifreddo me fatias.
Antes de servir decore a gosto com rodelas de limão e com folhinhas de hortelã.


Bom Apetite! 

Limonada de Lima Limão com Hortelã


O tempo quente traz a vontade e o desejo de bebidas de verão: caipirinhas, sangrias de espumante e frutos vermelhos, de vinho verde com nectarinas ou de vinho tinto com laranja e uvas, granizados de espumante, um gin num final de tarde preparado pelo meu amigo Paulo… Mas este ano não há álcool para ninguém! E enquanto os outros à minha volta lá vão bebendo algumas das minhas bebidas favoritas, eu fico-me (e muito bem servida também!) pelos sumos naturais com as mais variadas combinações.
Uma oferta muito generosa de limões, além de uns quantos frascos de curd de limão, deu também origem a várias limonadas.
Esta merece destaque, preparada com uma mistura de lima e limão e com a deliciosa hortelã da horta e uns mirtilos para decorar!





Ingredientes para 1 jarro com cerca de 1,5 litros:

3 limões grandes
3 limas
20 folhas de hortelã
100g de açúcar
50g de mirtilos frescos ou congelados
1 litro de água fresca + cubos de gelo q.b.

Preparação:

Com a ajuda de um espremedor retire todo o sumo às limas e limões e coloque-os num jarro. Num almofariz coloque metade do açúcar e as folhas de hortelã e esmague bem até obter um açúcar de hortelã. Junte depois esse açúcar, bem como o restante açúcar à mistura dos sumos e deixe a macerar até o açúcar estar bem dissolvido.
Junte depois a água fresca, os mirtilos e os cubos de gelo e sirva de imediato.


Bom Apetite!

Queijadas de Requeijão


As nossas férias são feitas de momentos simples e nada glamorosos. Levamos chapéu e cadeiras para a praia e o nosso próprio lanche, além dos baldes e das pás, do barco e das bóias para os mais pequenos. Vamos ao mercado comprar o peixe, a carne e a fruta e legumes de manhã, antes do pequeno almoço e ainda esperamos minutos vários na fila do pão. Lemos livros light ou menos light, consoante o gosto de cada um, há quem durma a sesta depois do almoço ou quem fique a por em dia temporadas inteiras das séries do momento. Não fazemos toilete para ir à praia ou tiramos selfies a cada 30 minutos. Há ainda quem adormeça na praia e, de vez em quando, solte uns ligeiros “roncos”. Mas não passamos sem a internet, os computadores ou os telemóveis…. E também não passamos sem umas coisas doces.
Por isso, preparar as nossas férias também significa fazer umas coisinhas doces para levar. Sabe sempre bem levar um bolo, ou uns docinhos para partilhar durante as férias. Para comer com o café depois das sardinhadas ou dos churrascos. Ou então fazer um bolo ao qual vamos retirando fatias finas de cada vez que passamos pela cozinha. As queijadas vieram connosco. Mas não duraram muito…



Ingredientes para cerca de 12 queijadas:

150g de massa quebrada (usei massa feita em casa, a mesma massa utilizada na receita da tarte de segunda feira)

Recheio:
2 requeijões de Seia (cerca de 180g cada)
2 ovos
2 gemas
200g de açúcar
1 colher de sopa de manteiga (cerca de 30 gramas)
30g de farinha
1/2 colher de chá de canela

Preparação: 

Num copo de varinha mágica ou no robot de cozinha coloque o requeijão, os ovos inteiros, as gemas, o açucar, a manteiga derretida, a farinha e a canela e triture bem (com a varinha mágica ou no robot) a mistura até esta ter uma consistência homogénea. Coloque num jarro e reserve.
Entretanto estique a massa até que esta fique bem fina e corte-a em discos. Forre depois 12 formas de queques com a massa.
Com o recheio preparado e colocado no jarro, verta-o cuidadosamente sobre a massa até quase encher as forminhas.
Leve-as depois ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 20 minutos ou até as queijadinhas estarem cozinhadas.
Deixe arrefecer antes de desenformar.


Bom Apetite!

Tortilhas Recheadas no Forno


Acabar (quase) tudo o que há em casa antes de ir de férias. Descobrir que no congelador ainda há uma caixinha com bolonhesa preparada e no frigorífico existe um pacote de queijo aberto e na despensa uma embalagem já aberta de tortilhas. Ter tomates maduros e o primeiro pimento da horta e de repente ver surgir o que fazer para um jantar em vésperas de ir de férias.
O frigorífico já quase vazio, porque vamos estar fora 15 dias e não dá jeito nenhum deixar coisas abertas para chegar a casa e descobrir que está tudo estragado, passado ou com bolor. E depois o exercício que eu gosto, de vir de férias e ter de ir às compras porque não há quase nada em casa - ou apenas as refeições que eu deixo congeladas para quando voltar.
E assim, com pouco - que na verdade é muito - se faz um jantar com um frigorífico e arca congeladora deliberadamente vazios.
Uma combinação que serve muitos propósitos, muitos recheios e muitas ideias.
Espero que gostem!

Ingredientes para 2 pessoas:

2 tomates (não muito grandes) maduros
2 cebolas pequena
1 dentes de alho
azeite q.b.
1 colher de chá de oregãos secos
sal e pimenta q.b.
4 tortilhas ou wraps
200g de carne à bolonhesa
1 pimento verde
100g de queijo ralado

Preparação:

Pique uma cebola e o dente de alho e leve-o alourar num pouco de azeite. Junte depois o tomate em cubinhos, tempere com um pouco de sal, pimenta e os oregãos e deixe cozinhar alguns minutos até obter um molho de tomate simples. Reserve.
Corte a outra cebola em meias luas finas, e o pimento me tiras e leve-os a saltear num frigideira anti aderente com um pouco de azeite. Tempere de sal e deixe cozinhar, mexendo de vez em quando até que os legumes estejam macios mas ainda crocantes.
Divida depois a carne à bolonhesa pelas 4 tortilhas, e por cima da carne coloque a mistura de pimento e cebola. Enrole as tortilhas cuidadosamente de modo a formar uma espécie de canelone.
No fundo de um pirex ou tabuleiro que possa ir ao forno, coloque um pouco de molho de tomate e, por cima do molho disponha, lado a lado, as tortilhas enroladas.
Cubra com o restante molho de tomate preparado, e por fim com o queijo ralado.
Leve ao forno previamente aquecido a 180ºC até que o molho borbulhe o o queijo esteja derretido e dourado.
Sirva com uma salda verde.


Bom Apetite!

Tarte de Courgete e Queijo de Cabra


(Ainda de Férias!)
Com a horta quase no seu máximo de produção, o exercício de criar receitas com os produtos da época mantem-se.
Surge-me a ideia de uma tarte de cougete e de queijo de cabra, porque sei que tenho algum lá em casa e a ideia de que é uma dois que posso fazer e congelar e assim ter uma receita pronta a comer quando regressar de férias.
É uma maneira de dar vazão às courgetes e de voltar a fazer a preparar a massa em casa, uma vez que a receita é simples e fica sempre bem.
E assim, em vésperas de ir de férias os preparativos na cozinha foram muitos e, entre outras coisas igualmente deliciosas saiu uma tarte salgada de courgete e queijo de cabra para piqueniques, refeições mais ligeiras ou simplesmente para levar para a praia ou campo ou para estar pronta a comer depois de um “cansativo” dia de praia. Espero que gostem!

Ingredientes para 1 tarte não muito grande:

massa:
150g de farinha
60g de manteiga fria
30ml de água
sal q.b.

Recheio:
125g de queijo de cabra -chévre em rolo
1 courgete pequena
100ml de leite ou natas light
3 ovos
sal e pimenta q.b.

Preparação:

Comece por preparar a massa. No robot de cozinha junte todos os ingredientes para a massa e misture até a mistura se começar a desprender das paredes e a formar uma espécie de bola.
Retire a massa e com a ajuda do rolo da massa estenda-a e forre uma tarteira de fundo amovível. Pique a base com um garfo e leve ao frigorífico até necessitar. (Se não quiser fazer a sua própria massa, use a massa refrigerada pronta a usar, que se vende em qualquer supermercado!)
Lave bem a courgete e corte-a em fatias finas. Disponha-a sobre a massa, sobrepondo as fatias de modo a ficar “bonita”.Desfaça grosseiramente o queijo com as mãos e vá colocando pequeno pedaços sobre as courgetes até esgotar o queijo.
Numa taça bata os ovos com o leite ou ntas e tempere a gosto de sal e pimenta. Verta cuidadosamente a mistura sobre a tarte, enchendo bem, e de modo a tapar a gourgete. Leve ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 40 minutos, até a tarte estar dourada e a massa cozinhada.
Retire do forno e deixe arrefecer antes de desenformar.
Sirva morna ou fria com uma salada verde para uma refeição ligeira e de verão.


Bom Apetite!

Bolo de Limão, Iogurte e Chocolate Branco


Os bolos simples e feios acabam muitas vezes a ser os mais saborosos. Este bolo que nem cresceu muito, que tem esta cara simples e comum torna-se irresistível à primeira fatia.
Assim como algumas pessoas que nos surpreendem pela positiva ao primeiro contacto. É assim este bolo.
Com o sabor do limão e do chocolate branco. Húmido, por causa do iogurte, é um daqueles bolos que nos faz roubar uma fatia pequenina de cada vez que passamos por ele.
Para mim serviu para gastar uns ovos e utilizar um dos muitos limões que anda aqui por casa. E foi um pouco “inventado” e “adaptado” à medida que o ia preparando.
Apesar de não um simples bolo de “chá”. Apesar de não ter ficado muito perfeitinho (apesar de não se ver na foto, o meu bolo até se partiu um pouco ao desenformar) é um bolo com carácter. 
Só o consigo mesmo comparar a algumas pessoas que fazem parte da minha vida. Simples de feitio e de trato. Com os defeitos que todos temos, sem quererem ser mais do que aquilo que são e tão agradáveis que só queremos estar na sua companhia.
Um bolo para o fim de semana com amigos de todos os dias!

Ingredientes:

6 ovos
1 iogurte natural (125g)
250g de açúcar
150g de manteiga
200g de chocolate branco
200g de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
1 limão

Preparação:

Numa taça bata o açúcar com a manteiga até ficar com um creme esbranquiçado. Acrescente depois os ovos, um a um, batendo entre cada adição. Acrescente agora o iogurte e junte a raspa e o sumo de limão, a farinha e o fermento até obter uma massa sem grumos.
Pique grosseiramente o chocolate e acrescente à mistura anterior envolvendo bem.
Coloque a mistura numa forma de buraco, previamente untada e polvilhada com farinha e leve a forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 45 minutos ou até que o bolo esteja cozinhado quando testado com um palito.
Deixe arrefecer na forma antes de desenformar.


Bom Apetite!

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